No batismo ao rio Jordão Jesus aceitando o batismo de penitência de João Batista, mesmo não sendo pecador, solidariza com toda a humanidade pecadora penitente na espera do Messias.
È o primeiro sinal da salvação próxima, é o inicio do olhar misericordioso aos pecadores, agora indistintos, e sucessivamente sempre mais redimidos no encontro pessoal, para significar que a salvação de um não é de menos que a salvação de todos e sempre dada para que possa alcançar a todos e todos possam encontrá-Lo na salvação de um.
È na misericórdia que Jesus é “centro de aliança do povo, luz das nações” (Is 42,6) para que todos possam encontrar nEle esperança: “Não quebra uma cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega” (Is 42,3) e “não faz distinção entre as pessoas” (At 10,34).
Em Jesus que recebe o batismo a Encarnação do Verbo unigênito de Deus inicia a assumir o significado mais humano e compreensível: o Mistério tanto inaccessível se torna próximo àqueles que por causa do pecado eram – e são – longínquos.
A estes é dada a graça de poder ouvir a voz dirigida ao Cristo: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho o meu bem-querer” (Lc 3,22), a mesma voz que ouvimos quando arrependidos recebemos o perdão.
Padre Ausilio Chessa
