segunda-feira, 8 de julho de 2013
Quem nós somos?"A Cenoura, o Ovo e o Café

Uma filha se queixou a seu pai sobre sua vida e de como as coisas estavam tão difíceis para ela. Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir. Estava cansada de lutar e combater. Parecia que assim que um problema estava resolvido um outro surgia.

Seu pai, um cozinheiro, levou-a até a cozinha dele. Encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto. Em uma ele colocou cenouras, em outra colocou ovos e, na última pó de café. Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra.

A filha deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo.

Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as bocas de gás. Pescou as cenouras e as colocou em uma tigela. Retirou os ovos e os colocou em uma tigela. Então pegou o café com uma concha e o colocou em uma tigela. Virando-se para ela, perguntou:

- Querida, o que você está vendo?

- Cenouras, ovos e café. - ela respondeu.

Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras.

Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias.

Ele, então, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse. Ela obedeceu e depois de retirar a casca verificou que o ovo endurecera com a fervura.

Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café. Ela sorriu ao provar seu aroma delicioso.

- O que isto significa, pai?

Ele explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade, a água fervendo, mas que cada um reagira de maneira diferente.

A cenoura entrara forte, firme e inflexível, mas depois de ter sido submetida à água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil.

Os ovos eram frágeis - sua casca fina havia protegido o líquido interior, mas depois de terem sido fervidos na água, seu interior se tornara mais rijo.

O pó de café, contudo, era incomparável; depois que fora colocado na água fervente, ele havia mudado a água.

Ele perguntou à filha:

- Qual deles é você, minha querida? Quando a adversidade bate à sua porta, como você responde? Você é como a cenoura que parece forte, mas com a dor e a adversidade você murcha, torna-se frágil e perde sua força? Ou será você como o ovo, que começa com um coração maleável, mas que depois de alguma perda ou decepção se torna mais duro, apesar de a casca parecer a mesma? Ou será que você é como o pó de café, capaz de transformar a adversidade em algo melhor ainda do que ele próprio?

Somos nós os responsáveis pelas próprias decisões. Cabe a nós - somente a nós - decidir se a suposta crise irá ou não afetar nosso rendimento profissional, nossos relacionamentos pessoais, nossa vida enfim.

Ao ouvir outras pessoas reclamando da situação, ofereça uma palavra positiva. Mas você precisa acreditar nisso. Confiar que você tem capacidade e tenacidade suficientes para superar este desafio.
quarta-feira, 1 de maio de 2013

São José Operário: Modelo para o trabalhador

Em 1955, o papa Pio XII instituiu a festa de São José Operário, no dia 1º de Maio - dia em que mundialmente se comemora o trabalho - para ressaltar a nobreza do trabalho, ficando o exemplo de José como aquele a ser seguido por todos os trabalhadores cristãos. Desta forma, o papa homenageia o exemplo de homem laborioso e honesto, fiel à palavra de Deus, obediente e justo.

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Leão XIII, na encíclica Rerum Novarum, nos lembra que "os operários e os proletários têm como direito especial o de recorrer a São José e procurar imitá-lo. José, de fato de família real, unido em matrimônio com a mais santa e a maior entre todas as mulheres, considerado como o pai do Filho de Deus, não obstante tudo passou a vida a trabalhar e tirar do seu trabalho de artesão tudo o que era necessário ao sustento da família."

Que o exemplo de José nos anime e inspire a santificarmos nossas vidas com nosso trabalho.

Oração do Trabalhador:

Jesus, divino operário e amigo dos operários, volvei vosso olhar benigno sobre o mundo do trabalho. Nós vos apresentamos as necessidades dos que trabalham intelectual, moral e materialmente. Bem sabeis como são duros nossos dias, cheios de canseiras, sofrimentos e explorações.

Vede as nossas penas físicas e morais, repeti o brado do vosso coração: "Tenho dó deste povo." E confortai-nos pelos méritos e intercessão de São José, modelo dos operários e trabalhadores.

Dai-nos a sabedoria, a virtude e o amor que vos alentou nas vossas laboriosas jornadas. Inspirai-nos pensamentos de fé, de paz, de moderação, de economia, a fim de procurarmos com o pão de cada dia, os bens espirituais e o céu. Livrai-nos dos que, com enganos, intentam roubar-nos a fé e a confiança na vossa Providência. Livrai-nos dos exploradores que desconhecem os direitos e a dignidade da pessoa humana. Inspirai leis sociais que estejam de acordo com as encíclicas pontifícias. Fazei que todos entrem nas organizações cristãs do trabalho. Reinem juntas a caridade e a justiça com a sincera colaboração das classes sociais. Convertei os exploradores do operário pobre. Que todos tenham o vigário de Cristo por mestre da única doutrina social que assegura ao operário uma gradual e satisfatória melhoria, e o Reino dos céus, herança dos pobres. Amém.

Fonte: Site “amai-vos”

terça-feira, 23 de abril de 2013

São Jorge: modelo do guerreiro cristão

São Jorge: modelo do guerreiro cristão

Patrono da Cavalaria e dos guerreiros cristãos, o destemido mártir tornou-se um dos santos mais populares da História da Igreja

Luís Carlos Azevedo (in: Revista Catolicismo)

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A forma popular pela qual é representado São Jorge, isto é, matando um dragão, como na gravura ao lado, não encontra fundamento real em sua vida. Os gregos começaram a representá-lo assim, de maneira alegórica. O dragão simboliza a idolatria que ele enfrentou com a s armas da Fé, e a donzela que o Santo defende representa a província da qual ele extirpou as heresias.

A ata laudatória dos feitos dos mártires (Passio), que narra a vida de São Jorge, é bem antiga e contém elementos legendários. Segundo sua primeira redação, Jorge era originário da Capadócia (região da atual Turquia), tendo vivido durante o século III na Palestina, onde era tribuno militar.

Na referida Passio consta uma narração da vida do Santo, atribuída a um certo Pasicrate, seu contemporâneo e testemunha ocular de seus feitos.

Conduzido diante do Imperador romano Diocleciano, foi instado a queimar incenso aos ídolos. Tendo-se recusado energicamente a isso, foi torturado e recolhido a um cárcere. Foi constrangido nessa prisão a passar a noite com uma pesada pedra sobre o ventre. Foi favorecido ali com uma visão, em que Deus lhe anunciou uma longa série de torturas, que durariam sete anos. No decurso desse período, seria morto e ressuscitaria três vezes.

Jorge sofreu terríveis martírios, dos quais saiu ileso. Por fim, foi decapitado.

Em torno desse núcleo de fatos relatados na Passio originária, constituiu-se uma rica legenda, na qual figuram declarações e atitudes do glorioso mártir em face de seus perseguidores. Passamos a relatar algumas dessas tradições, pois elas revelam como a devoção dos fiéis, através dos séculos, foi modelando a figura magnífica de um dos santos mais populares da hagiografia, tanto da Igreja do Oriente quanto do Ocidente.

São Jorge, cuja festa litúrgica comemora-se a 23 de abril, era ainda criança quando perdeu seu pai, oficial do exército imperial, morto em combate. Sua mãe levou-o então para a Palestina, de onde era originária, e onde possuía muitos bens, educando-o com todo o esmero requerido pela sua condição.

Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Em pouco tempo sua personalidade, sua coragem, seu porte, foram notados pelo Imperador Diocleciano (284-305), que o nomeou mestre de campo.

Ignorando ser aquele bravo um cristão, o Imperador romano pensava elevá-lo rapidamente aos primeiros cargos do exército, atraído pelas suas qualidades invulgares.

Testemunho público da Fé católica

Diocleciano era, entretanto, pagão e inimigo ferrenho dos cristãos, e de há muito pretendia extinguir o número crescente deles em seu Império. Com esse intuito convocou o Senado em Nicomédia, fazendo com que dele também participassem representantes seus do Oriente e alguns oficiais de seu exército, figurando entre estes São Jorge.

O corajoso oficial sentiu que a hora tanto desejada de dar testemunho público de sua Fé e derramar o sangue por Nosso Senhor Jesus Cristo chegara. Preparou-se para ela, com orações e penitências, como um soldado que se arma para o combate mais decisivo de sua vida. Herdeiro de rico patrimônio pela morte de sua mãe, vendeu tudo o que tinha, distribuindo o dinheiro obtido como esmolas, e também entre seus escravos, aos quais concedeu liberdade.

Assim despojado de tudo, dirigiu-se para a arena do combate: a sala onde estava reunida a assembléia senatorial.

Diocleciano apresentou durante a reunião seu plano ímpio e cruel de extermínio dos cristãos, sendo aplaudido por todos. No meio dos aplausos, uma voz levanta-se, jovem, vigorosa, resoluta, pedindo a palavra. Surpresos e admirados, todos voltaram-se para o ilustre oficial, que com desembaraço e galhardia dirigiu-se à tribuna, de onde exclamou ardorosamente:

-- "Imperador, e vós, senadores, até quando voltareis vosso cego furor contra os cristãos? Habituados a elaborar as leis que dirigem os povos, dareis um tal exemplo de injustiça, fazendo-as tão iníquas contra inocentes? Forçá-los-eis a seguir uma religião da qual vós mesmos duvidais?"

Estas palavras contundentes deixaram atônita a assembléia. O Imperador, mais espantado e contrafeito do que os outros, ordenou ao Cônsul Magnêncio que respondesse ao Santo:

-- "Quem te deu tal ousadia -- disse Magnêncio -- para te dirigires assim ao nosso Imperador, augusto defensor dos deuses do Império?"

-- "A verdade", respondeu o Santo.

-- "O que é a verdade?"

-- "É Jesus Cristo, meu Senhor, a quem perseguis".

-- "Então és cristão?"

-- "Eu o sou, e é apoiado em Nosso Senhor Jesus Cristo que não temo entrar em vosso meio para dar testemunho da verdade".

A estas palavras -- à semelhança do que ocorrera séculos antes no Sinédrio, quando Nosso Senhor afirmou sua divindade -- um tumulto estabeleceu-se no recinto do Senado, onde muitos, em altos brados, exigiam a morte do Santo.

Coragem e fortaleza nos suplícios

Diocleciano, reconhecendo no intrépido militar a mesma têmpera na qual depositara tantas esperanças e cumulara de favores, tinha também conhecimento de que o Santo era estimado, de maneira especial no exército, devido ao grande valor que demonstrara com tão pouca idade. Em vista disso, temeu que seu exemplo arrastasse outros a segui-lo. Dissimulando então sua ira, tentou convencer São Jorge com promessas e ameaças, para que sacrificasse aos deuses.

O Santo não se deixou seduzir pelas palavras do Imperador. Pelo contrário, incitou-o a abandonar seus ídolos e a cultuar o Deus verdadeiro. Jorge acrescentou ainda que os deuses do Imperador eram demônios habitando matéria vil, os quais ele não temia.

Enfurecido, Diocleciano ordenou que conduzissem o jovem oficial para a prisão e o torturassem até que mudasse de opinião. Durante toda a noite o Santo foi torturado com requintes de crueldade.

No dia seguinte, o Imperador mandou que o levassem à sua presença. Vendo-o tão desfigurado e tão débil, procurou convencê-lo a sacrificar aos ídolos. Tomado de indignação, São Jorge exclamou:

-- "Imperador, não sou tão tíbio que, em virtude de uns tormentos infantis, repudie ao Senhor da vida e da morte".

-- "Eu saberei encontrar suplícios de crianças que te arranquem a vida", redargüiu Diocleciano, dando ordens para que o herói cristão voltasse à prisão.

Na manhã seguinte, mandou atar o resoluto combatente em uma roda toda coberta de pontas de aço, com correias tão apertadas que penetravam na carne.

Essa roda foi suspensa ao ar, e debaixo dela foram colocadas pranchas eriçadas de ferros pontiagudos. A cada volta que a roda dava, o corpo do Santo ia sendo dilacerado ao passar pelas pranchas, pois os ferros penetravam em sua carne, arrancando-lhe pedaços.

"Não temas, Jorge, estou contigo"

Quando Jorge não deu mais sinais de vida, o Imperador, satisfeito, mandou que o deixassem caído ao solo, no meio do próprio sangue, e que fossem todos render graças aos deuses por essa vitória.

Mal Diocleciano se afastou, formou-se no céu, sobre o corpo do mártir, uma enorme e brilhante nuvem, que desprendia raios e ribombos terríveis. A maioria dos que permaneceram no local do suplício ouviu sair de dentro da nuvem uma voz que dizia: "Não temas, Jorge, estou contigo". No mesmo instante o Santo levantou-se, completamente são. Os soldados, surpresos e assustados, correram para o templo, a fim de comunicar ao Imperador o sucedido. São Jorge foi então levado à sua presença.

O ímpio Diocleciano não quis acreditar no que via: "Não é Jorge -- disse ele -- é alguém que se lhe parece, ou um fantasma".

Entre os presentes estavam dois membros do Conselho Imperial, Anatólio e Protoleão, que já tinham certa noção da doutrina cristã. Ao verem o milagre, não se contiveram, exclamando: "O Deus dos cristãos é o único e verdadeiro Deus". O Imperador mandou que os prendessem imediatamente e que, sem o menor julgamento, fossem degolados fora da cidade. A festa destes dois mártires comemora-se juntamente com a de São Jorge. Muitas outras conversões ocorreram diante da evidência do milagre.

Terror dos demônios

Ao ver tantas conversões, Diocleciano, em desespero de causa, quis a todo custo que São Jorge sacrificasse aos deuses. Redobrou as promessas, suplicou, ameaçou. O Santo pediu então ao Imperador que lhe mostrasse os ídolos que ele tanto prezava. Satisfeito, Diocleciano conduziu o Santo para o interior do templo, diante de uma estátua de Apolo. Logo ao aproximar-se dela, Jorge interpelou-a com voz enérgica:

-- "Diga-me: és Deus?"

-- "Não", respondeu a estátua com voz horrível.

-- "Espíritos malignos, anjos rebeldes, condenados pelo verdadeiro Deus ao fogo eterno, como tendes o atrevimento de estar em minha presença, sendo eu servo de Jesus Cristo?"

E dizendo isso, fez o sinal da Cruz. No mesmo instante as estátuas caíram de seus pedestais, espatifando-se no chão, entre os gritos dos sacerdotes e da multidão que lotava o templo, tomados de pânico. Os sacerdotes, então, excitaram o povo à sedição, suplicando ao Imperador que os livrasse, o quanto antes, daquele terrível mago. Diocleciano mandou que levassem Jorge para fora da cidade e o degolassem imediatamente.

De acordo com a Passio, porém, antes de ser executado, o corajoso oficial foi submetido a uma série de tormentos, durante anos. Duas vezes ainda seria morto, retornando à vida. Finalmente, foi degolado.

Glorificação póstuma

Segundo a tradição, servos de São Jorge levaram seu corpo para Dióspolis, onde, alguns anos depois, em virtude da liberdade da Igreja concedida em 313 por Constantino, pelo edito de Milão, foi edificado um santuário em sua honra.

Seu culto espalhou-se imediatamente por todo o Oriente. Só no Egito construíram-se quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir, nos primeiros séculos após sua morte.

Não se sabe como se originou seu culto no Ocidente. Já no século V, nas Gálias, o rei Clóvis dedicou-lhe um mosteiro, e sua esposa, Santa Clotilde, erigiu várias igrejas e conventos em sua honra.

Celeste cruzado

A devoção a São Jorge como o patrono da Cavalaria, durante a Idade Média, foi propagada pelos cruzados, por ter São Jorge aparecido inúmeras vezes ao lado dos soldados da Cruz, durante as batalhas.

Estando os cruzados a caminho de Jerusalém, e passando por Lydda (antiga Dióspolis -- onde o Santo foi sepultado), durante a primeira cruzada empreendida em 1096, lá deixaram um Bispo e padres para rezarem, no altar do Santo mártir, segundo a intenção de que eles conquistassem a Cidade Santa. E, por ocasião do cerco desta, estando a batalha praticamente perdida para os cristãos, São Jorge apareceu a cavalo no Monte das Oliveiras. A visão celeste agitava um escudo e fazia um sinal, incitando os cristãos a entrarem na cidade, o que os levou à vitória.

A Inglaterra foi o país ocidental onde, na Idade Média, a devoção ao Santo teve papel mais saliente. O monarca Eduardo III colocou sob a proteção de São Jorge a Ordem de Cavalaria da Jarreteira, fundada por ele em 1330.

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Fontes de referência:

1. Abbé Profilet, Les Saints Militaires, Rétaux-Bray, Paris, 1890.

2. D. Guéranger, El Año Liturgico, Ediciones Aldecoa, Burgos, 1956.

3. J. F. Michaud, História das Cruzadas, Editora das Américas, São Paulo, 1956.

4. Enciclopedia Cattolica, Città del Vaticano, Vol.VI, 1951.

domingo, 7 de abril de 2013

Festa da Misericórdia e São Dimas 2013

Nos dias 06 e 07 de abril, a comunidade de São Dimas celebrou o 2º Domingo da Páscoa – Domingo da Misericórdia e o seu padroeiro, Sâo Dimas.

O dia de São Dimas, na verdade, é 25 de março, mas a liturgia da Semana Santa se sobrepõe a qualquer outra solenidade, pelo que a celebração do Padroeiro só foi realizada agora, no tempo pascal.

Na Santa Missa da noite de Domingo, o Pe. Claudio salientou a feliz “coincidência” de celebrarmos São Dimas e Jesus Misericordioso no mesmo dia, já que é possível entender melhor a Misericórdia Divina a partir da história de São Dimas.

Jesus, que só fez o bem, foi condenado e contado entre os malfeitores - traído e abandonado, tem dois companheiros de suplício. Um deles zomba: “Se és mesmo o Messias, salva-te a ti mesmo… e a nós”! Às vezes também nós sofremos a tentação de só buscar a Deus por interesse - amá-Lo pelo que Ele pode nos dar, que é o caso do primeiro malfeitor.

Muitas vezes na vida passamos – e passaremos – por tribulações; se nossa fé não for madura, só buscaremos os dons do Criador, não o Senhor.

Dimas, o segundo condenado,  admite os seus graves pecados, e repreende o companheiro. Reconhece e não se furta à ação da justiça: “Quanto a nós, o merecemos”, mas não se acanha em recorrer à misericórdia: “Jesus, lembra-te de mim quando estiveres em Teu Reino”.

Perdemos a oportunidade de recebermos a Graça quando deixamos de olhar a fé que nos anima para ver as falhas e as imperfeições em nossa caminhada. Quando temos o coração contrito, Jesus nos diz: ainda hoje alcançará a minha misericórdia.

Meditemos também na história de Santa Faustina:

Faustina, com pouca escolaridade, sente o chamado vocacional, mas os pais não permitem que seja religiosa, dizem que precisa trabalhar e ajudar no sustento da casa. Mais tarde, trabalhando em casa de família, em Cracóvia, se perde um pouco, deixa de fazer oração, vai para os divertimentos e festas dos jovens. Em um salão de festas, ela vê Jesus, que lhe diz: “até quando terei que ter paciência contigo?”

A partir dessa experiência, Faustina tenta entrar para a vida religiosa, sendo rejeitada por várias congregações, até que consegue entrar em uma, que lhe designa tarefas bem simples: copa, portaria, jardinagem.

Foi esta Freira simples que Jesus escolheu para ser a "Secretária da Misericórdia" - Deus capacita os seus escolhidos! Jesus a transformou pela Misericórdia.

Se Jesus é capaz de transformar um ladrão em um Santo, ele pode fazer o mesmo por nós, basta recorrermos à sua Misericordia.

Olhemos para a Imagem de Jesus Misericordioso: Cristo Vitorioso, Ressuscitado, de cujo lado saem raios vermelhos e brancos, sangue e água , representando o sacrifício redentor  e  a vida eterna (água batismal).

Confira as fotos:

domingo, 31 de março de 2013

Vigília Pascal (30032013)

Jesus está morto e foi sepultado. Porém, persiste a esperança e a confiança em suas palavras, de que ressuscitaria ao terceiro dia. A Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua Paixão e Morte, e abstendo-se do sacrifício da Missa, até que, após a solene Vigília em que espera a Ressurreição, se entrega às alegrias da Páscoa, que transbordarão por cinquenta dias. Segundo antiquíssima tradição, esta noite deve ser comemorada em honra do Senhor e a Vigília que nela se celebra, em memória da noite santa em que Cristo ressuscitou, deve ser considerada a mãe de todas as santas Vigílias”  (Santo Agostinho).

“Esta é a celebração mais importante na vida do cristão. Nela falam os símbolos da vida: o fogo, a luz, a água, o óleo, o pão e o vinho. A Missa da Vigília Pascal, celebrada em todas as Paróquias, à noite, começa na escuridão, simbolizando a morte. Pouco a pouco, as luzes do templo são acesas. Uma grande vela, o Círio Pascal, é conduzida solenemente ao altar, lembrando a presença do Ressuscitado. Em seguida, as leituras mostram toda a história da salvação. Antes da leitura do Evangelho, acontece o anúncio da Ressurreição de Cristo, através de um canto solene. A seguir é feita a bênção da água, que será usada no Sacramento do Batismo durante todo o ano. A Missa continua, então, em clima de alegria, festa e união.” (Pascom Arquidiocese de Campinas).

Foi bem assim a nossa vigília: em clima de alegria, festa e união. Na homilia, o Pe. Cláudio ressaltou os pontos seguintes, para nossa meditação:

Deus  sempre teve um projeto para nós e nao desiste nunca de nos salvar.

A palavra de Deus quer mostrar que Deus criou todas as coisas cada uma no seu devido tempo. Quando o cenario de perfeição estava pronto, ele os criou, homem e mulher.  Deus criou tudo e viu que tudo era bom.

Deus dá a liberdade, e no mau uso desta, o homem acaba pecando. Mas Deus não desiste. Quer convidar o homem a voltar ao seu projeto. Abrão foi o primeiro a receber este convite, quando nem conhecia a Deus.

Abrao aceitou o convite sem conhecer a Deus, quanta fé! Ele não tinha respostas, mas acreditou. Por ele ter tamanha fé é que Deus fez com ele aliança. Isaque é o filho da aliança. Deus lhe pede o filho, e Abrão nao questiona!

Abrão resguarda a fe de Isaque, não diz o que ia ocorrer. Diz apenas: “Deus Proverá”.

A cruz é a unica escada que leva aos céus. Nos esquecemos disso e queremos uma vida sem sofrimentos.

O povo se esquece da aliança, torna-se escravo, clama  a Deus, que levanta Moises.

Deus nao tarda, ele realiza tudo ao seu tempo. Ele capricha.

Passaremos a pe enxuto nos sofrimentos se colocarmos nossa confiança em Deus.

Novamente o povo cai em pecado. Reclamava e tinha saudades do egito!

Plenitude da Perfeição: em Cristo, o Novo Adão. Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem.

O sepulcro esta vazio, Ele ressuscitou! - Anunciemos a boa nova - temos essa missão, de anunciar o amor, o perdão, a justiça, a pessoa de Jesus , enfim.

Vamos conferir as fotos?

Adoração da Cruz (29032013)

Neste dia, não há Missa.

Após a leitura da Paixão do Senhor, o Padre Cláudio ressaltou, em sua homilia, alguns pontos para reflexão:

Barrabás propunha um reino deste mundo, que não gera vida. O Senhor propunha um reino que não era deste mundo, e sim de Deus, e não foi compreendido pelos judeus… e mesmo hoje não é compreendido por muitos. Muitas vezes nós cristãos nos iludimos e acabamos optando por Barrabás. Queremos uma vida sem tribulação, sem sofrimento. Acabamos agindo como Pedro e não testemunhamos o Senhor, negando-o. Como Pedro, que se arrependeu, convertamos os nossos corações. Muitas vezes, oramos a Jesus mas queremos somente os milagres que Ele é capaz de fazer, mas não estamos dispostos a fazer nada que Ele nos pede. Independente da situação em que nos encontramos, devemos sempre fazer a vontade de Deus. Matando a fé, a esperança, a vida de oração... Crucificamos novamente o Senhor. Deus, no entanto, transformou a cruz,  um sinal de maldição,  em um sinal de salvação.

Após a celebração, a comunidade saiu em procissão por ruas próximas, rezando o terço da Misericórdia.

 
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