quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A esperança de Maria nos conduz ao Natal

 

Da fé nasce esperança, assim podemos deduzir das palavras da Virgem Maria ao anjo Gabriel: “Eis aqui a serva do Senhor, aconteça para mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38).

Desta humilde profissão de fé brota a esperança que é também certeza: “Pois o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor” (Lc 1,49), é a esperança que conduz na aldeia de Belém, ao nascimento de Jesus, ao realizar-se das promessas de Deus.

Do silêncio grávido do Mistério em Nazaré, que já contém a Palavra escondida e “silenciosa”, ao silêncio de Belém no qual ressoa a Palavra que se revela à humanidade no vagido tanto humilde e grande ao mesmo tempo do Filho de Deus, a Virgem Maria cumpre o mandamento do amor “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, com toda a alma, com toda a mente” (Mt 22,37) de uma forma única e perfeita entre as criaturas, mesmo que a plenitude se realize no céu (cf. S. Tomás de Aquino, S. Th. II,II, 9,24), porque amou a Deus do modo mais perfeito possível (cf. Santo Alberto Magno).

Em Maria a esperança não é inércia, mas participação plena aos desígnios de Deus e caridade ao mesmo tempo, visitando Isabel.

O amor da Virgem Maria que nos é dado de contemplar no Natal, como afirmam os grandes Padres, se explica desta maneira: os anjos e santos amam como servos, Maria ama como mãe, Ela que é a Mãe de Deus.

Este amor é fruto da plenitude da Graça, Ela que é a “cheia de graça” (Lc 1,28), como afirma Santo Alberto Magno: “Ubi est maior púritas, ibi major charitas”, “Onde é maior a pureza, lá é maior a caridade”.

Padre Ausilio Chessa

 
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