quinta-feira, 4 de outubro de 2012

SANTIDADE E VIRTUDES TEOLOGAIS

É necessário sentir a santidade como a expressão mais alta da humanidade da pessoa. Uma humanidade orientada continuamente ao realizar-se no homem do ser criado “à imagem e semelhança de Deus” (Gn 1,26ss). 

É da esta “imagem e semelhança” com Deus que descende a ordem “Sede santos porque eu sou santo” (Lv 19,2).

A santidade, além de ser uma profunda comunhão de vida com Cristo, é a “visibilidade” da graça de Deus que age em nós e ao mesmo tempo é o realizar-se das três virtudes teologais.

Dando à fé a devida relevância por ser o fundamento da vida cristã, se pode afirmar que o fim desta é a caridade.

Cremos em Deus não para um mero conhecimento humano, mas orientados para amá-Lo segundo o espírito de Deus infundido em nós.

A fé é essencialmente um procurar e um crer numa Pessoa que devemos amar. Cremos em Jesus porque sabemos de dever amar Ele como resposta ao seu amor para nós.

Fé e caridade são inseparáveis: não é possível afirmar de ter a fé sem implicitamente afirmar de praticar a caridade.

Não é possível fazer uma profissão de fé sem que ao mesmo tempo não seja acompanhada pela caridade segundo quanto escreve São Tiago: “Te mostrarei a minha fé pelas obras” (Tg 2,18).

O crer é orientado para a esperança, as realidades futuras se tornam próximas de nós pelo fato que o desejo infundido pela esperança antecipam elas nesta terra seja como prefiguração de quanto deve realizar-se no futuro, seja como realidade da vida divina pela graça operante em nós.

É já um experimentar, como indica São Paulo, que “Fui crucificado com Cristo, e não vivo mais eu, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).

É na Eucaristia que nós experimentamos as três virtudes teologais: crer o Mistério da Fé que se celebra como síntese da nossa Fé, anunciar a morte e proclamar a ressurreição como manifestação de Esperança, viver a comunhão com Cristo como Caridade aqui na terra e para a vida eterna.



Padre Ausilio Chessa
 

 
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