domingo, 2 de setembro de 2012

Homilia do XXII Domingo do Tempo Comum Ano B

Com a promessa de servir a Deus explicitada na assembléia de Siquém (Cf. Js 24,16-18) é conexa uma responsabilidade já dada por Moisés: “Nada acrescenteis, nada tireis, à palavra que vos digo, mas guardai os mandamentos do Senhor vosso Deus que vos prescrevo” (Dt 4,2).

A Palavra de Deus aparece na sua integridade porque eterna, absoluta, imutável, doada ao Povo para que seja guardada como foi recebida: sendo Palavra de Deus ao homem não é dado um poder sobre ela, ao contrario estamos a ela submissos.

A Palavra revelada, uma vez escutada, meditada, proclamada, tornando-se vida do Povo de Deus, continua a permanecer sagrada, inviolável.

Por esta razão devemos contemplá-la adequando o nosso ser numa atitude tal que o nosso silêncio é obséquio para poder escutá-la.

Segundo São Tiago, somos gerados “pela Palavra da verdade” (Tg 1,18) que devemos “receber com humildade” (Tg 1,21) e “praticar” (Tg 1,22), tornando-la parte da nossa vida.

A primazia da Palavra deve caracterizar a nossa vida: não podem existir tradições humanas em contrasto ou que possam prevalecer como nos lembra Jesus: “Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens” (Mc 7,8).

Padre Ausilio Chessa

 
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