
Duas pequenas “Profissões de Fé” acompanham a Liturgia da Palavra deste XXI Domingo e que deveríamos colocar como integração e preparação ao Credo.
A primeira é aquela de Josué e do povo de Israel, respectivamente: “Quanto a mim e à minha família, nós serviremos ao Senhor” (Js 24,15) e “Portanto, nós também serviremos ao Senhor, porque Ele é o nosso Deus” (Js 24,18).
A segunda – corolário do grande discurso de Jesus sobre o Pão da Vida - é aquela de Pedro: “Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus” (Jo 6,69).
As duas colocam-se num contexto que exige uma decisão do povo e dos discípulos do Senhor: com Deus ou contra Deus, com Cristo ou sem Cristo.
Uma escolha definitiva e total na qual a liberdade da pessoa é respeitada: “Escolhei hoje a quem quereis servir” (Js 24,15) e na qual a fé deve ser evidente: “Jesus sabia, desde o inicio, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-Lo” (Jo 6,64).
Estas duas pequenas “Profissões de Fé” nos ensinam que devemos “servir ao Senhor”, o ato de Fé acompanha-se ao ato de Caridade e que o crer é um “reconhecer”, ou seja è a resposta ao dom da Verdade que nos é necessária e que procuramos em Cristo Filho Unigênito de Deus.
A escolha para Deus de reflexo torna-se presente nas escolhas da vida, na vocação do próprio estado de vida à qual fomos e somos chamados e para a qual devemos continuamente testemunhar a correspondente “profissão de Fé”.
É possível ver entre as escolhas da vida a relevância do matrimônio, no qual há uma continua “profissão de Fé” na solicitude e amor recíproco dos esposos, nos quais ressoam o “serviremos ao Senhor” e “A quem iremos, Senhor?” (Jo 6,68), como demonstração daquela fidelidade que não permite aquilo “voltar atrás” dos discípulos que abandonaram Jesus (Jo 6,66).
Sobretudo, o matrimônio é – afirma São Paulo - o “mistério grande” (Ef 5,32) que abre o caminho para o mistério entre e de Cristo e da Igreja do qual todos participamos.
Padre Ausilio Chessa
